São as flores que desabrocham no vestido,
Buscando vida no amanhã que nos espera,
Doando à tela um formoso colorido,
Flores lânguidas de uma cruel primavera.
Corre o vento sobrepondo o alarido,
Povo perdido, triste o fim que tivera,
Cheiro de cravo junto ao sangue dorido,
Carmim tecido, que a paisagem tempera.
O que confronta com esse jeito altivo,
Essa dama, que só, vagueia pela terra,
Lançando aos mortos um olhar compassivo?
É só mais uma alma que seu ciclo encerra,
E o seu sentimento, é um ódio nativo,
E o seu vestido? Mais um traje de guerra.
Rejane Alves
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