terça-feira, 13 de outubro de 2015

Candura



Candura



Na garganta a salina da amargura,


Fino fel, que na saliva vira mel,


E enfeitiça o seu timbre com candura.






O que procura,


Pobre menina d’alma pura?





Aquele sonho que viveu em um carrossel?



Os corações que foram unidos a pincel,


E se escorreram após a chuva pela rua?





O que a leva, menina, a essa tortura?


A que dispõe tanta ventura em viver?



Traz nos olhos as lembranças em gravura,


E o fino fel que o peito assegura


A paz de um voraz convalescer.

Rejane Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário